Como criar um plano de educação corporativa que dá resultado

Um guia prático e sem enrolação para criar uma educação corporativa que dê resultados e ajude sua empresa a crescer de verdade? Só no blog da Coalize!

Mulher apresentando informações em um quadro de anotações para um grupo de pessoas, em um ambiente corporativo

Para criar um plano de educação corporativa na sua empresa, você deve mapear as principais necessidades do negócio e desenvolver um planejamento estratégico para supri-las, definindo objetivos, escolhendo metodologias e montando um cronograma realista para execução das capacitações.

E não pense que desenvolver algo assim é como criar treinamentos convencionais, porque a educação corporativa envolve cursos, práticas e ações mais direcionadas – e úteis, diga-se de passagem –, uma vez que está totalmente comprometida com os objetivos de curto, médio e longo prazo da empresa.

Se você está cansado(a) de treinamentos empresariais que não dão resultado e de tapar o sol com uma peneira, o tema deste artigo será uma alternativa revigorante para facilitar a rotina no seu negócio.

Antes de qualquer coisa: o que é educação corporativa?

A educação corporativa é uma estratégia de gestão de pessoas que entende e aposta na importância do desenvolvimento profissional de seus colaboradores para o sucesso das metas empresariais.

Trata-se de uma forma de gerir o conhecimento da equipe quando não é suficiente que ela melhore aleatoriamente suas habilidades e competências, e consiste em estabelecer uma rotina de estudos que aconteça de forma supervisionada, na sequência e frequência desejadas pela organização.

Afinal, o principal objetivo da educação corporativa é promover um processo de aprendizagem empresarial que priorize as habilidades e competências que serão úteis para o desenvolvimento da empresa.

Nessa filosofia, o crescimento profissional deve acontecer de forma estruturada para que o investimento traga resultados tangíveis, tanto para o “educando corporativo” quanto para o negócio.

E não pense que esse tipo de investimento é importante só para a corporação.

Qual é a importância da educação corporativa na empresa?

A educação corporativa é importante porque impulsiona o desenvolvimento contínuo dos colaboradores enquanto gera retornos diretos em produtividade, qualidade do serviço e ganhos financeiros.

É como se a empresa pegasse o colaborador pela mão e garantisse que o aprendizado contínuo – indispensável para qualquer setor de atuação – aconteça.

Mas, além disso, essa estratégia também é importante para ajudar a empresa a:

  • alcançar os objetivos de forma mais rápida;
  • implementar uma cultura de aprendizagem;
  • aperfeiçoar as competências de cada colaborador;
  • reter mais talentos;
  • criar um time de alta performance;
  • melhorar a qualidade dos produtos e serviços prestados;
  • ser mais competitiva no mercado;
  • se tornar uma marca empregadora forte, investindo em employer branding; e
  • preparar e adaptar o time para possíveis mudanças em suas áreas de atuação.

E, para entender melhor a dinâmica da abordagem que traz todos esses benefícios, nada melhor do que conhecer os princípios que regem sua implementação, né?

7 princípios da educação corporativa que guiam sua aplicação

A educação corporativa segue alguns princípios fundamentais discutidos por especialistas como Jeanne Meister, consultora e autora norte-americana renomada no nicho de educação corporativa, e Marisa Eboli, professora pesquisadora da USP e especialista no tema e em gestão do conhecimento, que trazem competitividade, perpetuidade, conectividade, disponibilidade, cidadania, parceria e sustentabilidade como fundamentos da estratégia.

Entendê-los vai tornar seu planejamento mais fácil. Veja só!

  1. Competitividade: o plano de estudos deve conversar com os objetivos estratégicos da empresa e preparar os profissionais para as demandas do mercado.
  2. Perpetuidade: o processo deve ser contínuo, sem “prazo de validade” ou data para acabar.
  3. Conectividade: um bom planejamento precisa se encaixar à cultura organizacional e se conectar aos valores e objetivos do negócio, em sintonia com a essência da marca.
  4. Disponibilidade: nada de rotinas de aperfeiçoamento para setores específicos, a educação corporativa precisa ter caráter horizontal, ou seja, deve ser oferecida e inserida no cotidiano de todos os colaboradores, independentemente da área de atuação.
  5. Cidadania: mais do que seguir uma trilha de aprendizagem que priorize os objetivos da organização, o conteúdo deve levar em conta a responsabilidade social, a ética e a sustentabilidade.
  6. Parceria: a educação corporativa também pressupõe que as necessidades individuais sejam consideradas e atendidas, em harmonia com os objetivos empresariais.
  7. Sustentabilidade: os recursos devem ser usados de forma eficiente e responsável, contribuindo para a preservação do meio ambiente e continuidade dos negócios.

Se o seu programa de educação corporativa seguir essa filosofia, pode ter certeza que você está no caminho certo.

Agora, que tal conhecer algumas estratégias de aprendizagem para aplicar nos treinamentos por aí? Elas serão super úteis para aplicar o passo a passo que encerra este artigo.

Estratégias de aprendizagem para usar na educação corporativa

No contexto empresarial, algumas estratégias de aprendizagem podem ser consideradas exemplos de educação corporativa, como a realidade virtual, o microlearning, o e-learning, a gamificação, o job rotation e as mentorias.

Realidade virtual

A realidade virtual permite que os profissionais sejam treinados a partir da simulação virtual de situações reais, ou seja, ela possibilita o enfrentamento de desafios distintos e necessários para o crescimento profissional sem sofrer com seus “efeitos colaterais” de verdade.

Para aplicá-la por aí, você pode utilizar óculos de realidade aumentada ou ferramentas de simulação de desafios corporativos online. Dá até para realizar cursos online como se fossem presenciais com esses recursos!

Microlearning

Pense nesta estratégia como “pílulas de aprendizado”, que dividem um conteúdo em pequenos fragmentos com o objetivo de facilitar e agilizar a rotina de estudo dos profissionais. É o modelo ideal para atender equipes atarefadas.

Um exemplo são os vídeos curtos sobre novas técnicas que podem ser assistidos entre tarefas diárias sem interromper a rotina.

E-learning

O e-learning nada mais é do que a modalidade de ensino à distância, em que não é necessário deslocar os colaboradores para um programa de capacitação que leva horas, dias ou semanas.

Algumas empresas especializadas em educação corporativa até oferecem plataformas com cursos completos focados em e-learning. Vale a pena pesquisar se você não quiser criar os cursos do zero.

Gamificação

Perfeita para as gerações mais novas de profissionais, a gamificação engaja os educandos por meio de jogos, missões, recompensas e ranqueamento, o que faz com que os colaboradores não só fiquem empolgados com o conteúdo aprendido, mas também com toda a dinâmica do “jogo”.

Completou um curso? Subiu um nível. Fez o teste prático e tirou a maior nota do setor? Ganhou um troféu especial para expor todo o novo conhecimento, e por aí vai!

Job rotation

Job rotation – ou rodízio de funções – é a prática de mover os colaboradores entre diferentes áreas ou funções dentro da empresa para adquirirem novas habilidades, ampliarem seus conhecimentos e terem uma visão mais abrangente do negócio.

Esse rodízio de funções deixa a empresa mais resiliente e preparada para lidar com imprevistos ou mesmo férias e faltas de profissionais-chaves para a operação, já que outros membros da equipe vão poder ajudar depois de aprender um pouco com a rotina dos outros durante a rotação.

Mentoria

Aproveite as estrelas da casa e ofereça aos colaboradores mais experientes um bônus para que eles se tornem mentores e orientem os colegas em suas áreas de especialização, transferindo seu conhecimento e usando sua experiência para contribuir com o desenvolvimento pessoal de toda a equipe.

Vai um exemplo aí para se inspirar?

Exemplo de educação corporativa: como o Google desenvolve os seus talentos

O Google – maior mecanismo de buscas do mundo – é um exemplo de como a educação corporativa pode ser aplicada de forma estratégica para desenvolver talentos e promover o crescimento contínuo da empresa. A gigante da tecnologia investe fortemente em programas de aprendizado interno, sendo o Google Learning & Development um dos mais notáveis.

Nesse programa, o Google oferece uma série de iniciativas que abrangem desde treinamentos técnicos avançados até workshops de habilidades interpessoais, como liderança e comunicação.

Um dos pilares desse programa é o conceito de g2g (Googler-to-Googler), no qual os próprios funcionários ministram aulas e treinamentos para seus colegas, fortalecendo não só o conhecimento técnico, mas também fomentando a cultura colaborativa e de aprendizado contínuo dentro da organização.

Além disso, a empresa utiliza ferramentas de aprendizado inovadoras, como realidade virtual e gamificação, para tornar o processo mais interativo e eficaz. Essas estratégias são pensadas para se alinhar diretamente aos objetivos de curto, médio e longo prazo do Google, garantindo que os funcionários estejam sempre atualizados com as necessidades do mercado e da empresa.

Esse modelo de educação corporativa permite que a gigante da tecnologia mantenha seus colaboradores motivados, engajados e prontos para enfrentar os desafios constantes do setor, o que contribui diretamente para a competitividade e inovação da marca.

Inspirado(a) o suficiente para criar o seu? Então, chegou a hora de entender como colocar a educação corporativa em prática!

Como criar uma estratégia de educação corporativa? 8 passos para não errar

Para elaborar um plano de educação corporativa, você deve, primeiro, analisar de perto quais são os desafios, dores e necessidades do negócio para atingir seus objetivos empresariais. Essa análise vai servir de base para toda sua estratégia.

Depois, é só seguir o passo a passo abaixo para implementá-lo do jeito certo!

  1. Identifique as necessidades do negócio: comece determinando quais desafios e objetivos a empresa precisa resolver ou alcançar com o treinamento.
  2. Priorize o aprendizado necessário: baseando-se nas necessidades, defina quais áreas ou habilidades precisam ser desenvolvidas primeiro (como técnicas de vendas, liderança etc.).
  3. Escolha os temas do treinamento: selecione os conteúdos mais relevantes que serão abordados, focando nas necessidades identificadas.
  4. Defina a metodologia: escolha o formato de aprendizado mais adequado, como cursos online, microlearning, workshops presenciais ou gamificação.
  5. Crie um cronograma: organize um plano com datas e prazos para a execução dos treinamentos, garantindo que eles se encaixem na rotina dos colaboradores.
  6. Implemente o programa: organize os materiais e as ferramentas necessárias para iniciar o treinamento conforme o cronograma. Nesta etapa, você pode pedir o auxílio das lideranças para criar os conteúdos ou contratar uma empresa especialista em educação corporativa para tocar o projeto.
  7. Avalie o progresso: acompanhe os resultados, coletando feedback dos participantes e avaliando a eficácia do aprendizado.
  8. Ajuste conforme necessário: reúna as lideranças para discutir melhorias e definir próximos passos, ajustando o programa de acordo com os resultados.

Prontinho: depois de seguir esse passo a passo, já dá para dizer que você e seus colaboradores estão no caminho certo para se desenvolverem juntos, de modo consciente e sustentável a longo prazo. Quem sabe assim sua empresa não se torna um Great Place to Work (GPTW) logo em breve, hein?

Sua planilha foi enviada para
seu e-mail.

Caso não receba, lembre-se de conferir o SPAM ou Lixo eletrônico.

O que você achou do post?

0 Respostas

Deixe seu comentário

Ponto eletrônico e Banco de Horas

Pedir demonstração