Employee experience é um conceito centrado nos funcionários de uma empresa e com foco em melhorar o relacionamento entre a instituição e os colaboradores. Sua importância está no seu potencial de melhorar o clima e fortalecer a cultura organizacional.
Na gestão de pessoas, a employee experience é, sem dúvida, uma das mais importantes estratégias para conhecer e implementar, já que ajuda a reduzir um dos problemas enfrentados pelas empresas: o alto turnover, ou seja, a alta rotatividade de colaboradores.
Além disso, também ajuda a evitar um fenômeno que tem ganhado atenção: o quiet-quitting, conhecido como demissão silenciosa.
Quer manter a boa produtividade e os melhores talentos na sua companhia? Então, continue a leitura e saiba mais sobre esse método fundamental para os negócios.
O que é employee experience?
Employee experience é uma metodologia focada em melhorar as percepções dos funcionários sobre a empresa. A experiência do colaborador, tradução livre de employee experience (EX), também é conhecida como people experience.
As práticas dessa metodologia, que incluem incentivos, comunicação transparente e momentos de integração, são aplicadas desde o momento que os colaboradores entram até quando saem da companhia, seja por demissão voluntária – aquela que parte da decisão do próprio funcionário – ou não.
Construir esse relacionamento é extremamente estratégico em um período de intensa transformação nas prioridades de vida dos trabalhadores. Entenda a seguir.
Qual a importância da experiência do colaborador?
Aumentar a retenção e atração de talentos, melhorar o clima organizacional e a reputação da empresa junto aos colaboradores são pontos que explicam a importância do método para as organizações.
Quando o assunto é retenção de talentos, o momento pede atenção, veja só: quase 80% dos profissionais pretendem mudar de emprego este ano, de acordo com levantamento da plataforma Empregos.com.br, divulgado no fim de 2022.
A principal motivação identificada é a insatisfação com o trabalho que o funcionário executa no momento.
Isso leva a crer que iniciativas voltadas para a employee experience possam justamente aumentar a satisfação dos colaboradores com a empresa, reduzindo as chances de alta rotatividade e combatendo a baixa produtividade no trabalho.
Inclusive, esse último quesito tem como um dos desencadeadores questões internas da organização, como a falta de comunicação e benefícios que não sejam condizentes com o que os trabalhadores desejam.
Agora que você já leu sobre a importância da estratégia, é o momento de compreender melhor o conceito a partir dos seus principais pilares.
4 principais pilares da employee experience
Os quatro principais pilares da experiência do colaborador abrangem a cultura organizacional, um ambiente de trabalho adequado e de qualidade, um bom relacionamento entre colegas e gestores e apoio às necessidades do trabalhador.
Confira!
1. Cultura organizacional
A gestão de pessoas e a cultura organizacional estão intimamente ligadas à employee experience porque são alicerces para o sucesso da implementação desse conceito estratégico.
Uma cultura organizacional forte, bem estruturada, que abrange princípios, visão, valores e compromissos da empresa, é o que permite que haja aquele “match” do trabalhador com o empregador, estabelecendo um vínculo mais profundo com a equipe.
2. Ambiente de trabalho qualificado
Mesmo que uma parcela das empresas opte pelos formatos híbrido e home office para atuação de seus colaboradores, é imprescindível que todas preparem o local físico para receber os funcionários nos dias presenciais ou outras ocasiões.
Um ambiente de trabalho de qualidade contempla tanto questões de segurança quanto de conforto, além de um visual atrativo. Isso significa levar bem-estar para quem participa ativamente do dia a dia da empresa.
Vale também distribuir o “auxílio escritório” para quem trabalha de forma remota, para que os colaboradores se sintam acolhidos e vejam que a empresa investe no conforto independentemente de onde seus funcionários estejam exercendo suas funções.
Uma boa ideia é enviar, juntamente com esse auxílio, uma cartilha de boas práticas de ergonomia para que o trabalhador monte seu escritório em casa da melhor maneira possível.
3. Relacionamento e envolvimento com colegas e gestores
A boa interatividade entre as pessoas que formam a organização melhora o engajamento e traz sensação de pertencimento, o que é bem importante para que o trabalhador se sinta mais satisfeito e permaneça na empresa.
Por isso, promova momentos de interação, como happy hours, e não deixe de fazer reuniões do tipo 1-1 entre líderes e liderados. Assim, todas as expectativas estarão sempre alinhadas e a empresa sabe quando precisa tomar alguma providência maior para manter um talento na empresa.
4. Apoio às necessidades e desejos do colaborador
Esse pilar compreende questões como oportunidades de desenvolvimento e aprendizado e treinamentos ou programas focados no aperfeiçoamento de habilidades técnicas e comportamentais.
Também envolve iniciativas que visam melhorar o bem-estar dos trabalhadores, a exemplo de palestras voltadas à saúde mental e promoção de hábitos saudáveis no cotidiano.
Fazer pesquisas para entender o que o funcionário gostaria para se sentir melhor no ambiente é uma boa saída para pôr em prática iniciativas realmente eficazes para melhorar a experiência de quem trabalha na sua organização através do apoio às necessidades e desejos.
Deu para perceber a importância de todos esses aspectos, né? Mas quais são as ações mais eficazes que você pode realizar com base nesses pilares? Veja a seguir!
7 ações de employee experience que dão resultados
Programas de carreira, estabelecimento da cultura do feedback, benefícios e criação de ambientes de trabalho que fomentem a interação entre os funcionários estão entre as 7 iniciativas de employee experience que você vai ver em detalhes a seguir!
1. Apostar em benefícios
Disponibilizar benefícios – plano de saúde, vale-alimentação e transporte, auxílio home office, jornada flexível e planos de academia, como o Gympass, que dá acesso a diferentes espaços de prática de exercício pela cidade – é uma prática eficaz para garantir a satisfação, atração e retenção de colaboradores.
Embora essas vantagens sejam adotadas por diversas empresas, é estratégico, antes de implementá-las por aí, realizar uma pesquisa junto aos funcionários para entender o que eles realmente querem e valorizam.
2. Criar ambientes de descontração e interação
Salas de descompressão e de jogos são cada vez mais vistas nos espaços das empresas. A criação de ambientes descontraídos que fomentem a interatividade vai de encontro a um dos pilares que mostramos: ter um ambiente físico qualificado.
Vale também apostar em pequenas mudanças no visual dos espaços de trabalho. Detalhes decorativos, como a inserção de quadros e plantas, fazem a diferença e tornam o ambiente mais aconchegante.
3. Estabelecer planos de carreira e oferecer cursos de capacitação
Estruturar um plano de carreira é valioso para que o colaborador veja que há oportunidades disponíveis de crescimento e enxergue um futuro promissor dentro da empresa.
Já os cursos, workshops e outras iniciativas educacionais de aprimoramento e formação profissional, além de impactarem positivamente na qualificação do empregado, também são fortes impulsionadores da boa experiência do colaborador na rotina de trabalho.
4. Investir na comunicação clara e transparente
As falhas de comunicação, além de aumentarem as possibilidades de erros em processos, também têm impacto negativo na experiência do funcionário. Cuidado com elas!
Quanto mais claras as informações passadas por e-mails, comunicados, entre outros recursos de comunicação interna, melhores os entendimentos e menores os ruídos que contribuem para um péssimo clima organizacional.
No caso dos funcionários que acabam de ser contratados, isso é ainda mais relevante, afinal, a primeira impressão é que conta, não é mesmo?
Materiais de boas-vindas que contemplam regras, procedimentos internos, benefícios e outras informações também são uma tática qualificada de processo de onboarding que contribui para a employee experience.
5. Promover a diversidade
A pauta diversidade e inclusão tem sido bastante debatida no mundo corporativo e é assunto também para estratégias de employee experience, pois está justamente ligada à vida pessoal dos colaboradores.
Projetos que envolvem diversificar a equipe, como o estabelecimento de cotas para contratação de pessoas que pertencem a minorias, são uma prática bastante efetiva quando o assunto é experiência do colaborador.
Outra ação qualificada aparece na promoção de palestras que abordem o assunto – pensadas para disseminação de conhecimento e para a empresa evitar que haja preconceito e discriminação de qualquer tipo no ambiente de trabalho.
6. Desenvolver iniciativas de reconhecimento
O reconhecimento de profissionais que atingem alta performance é uma ação que dá resultado, já que mostra que a empresa está atenta ao desempenho da equipe como todo, o que acaba por motivar outros trabalhadores também.
É importante que ele venha acompanhado de recompensas, como bônus ou aumento salarial, folgas, prêmios que podem ser vale-compras de lojas ou benefícios, como viagens.
7. Dar feedbacks
Estabelecer a cultura do feedback é mais uma parte essencial de boas práticas de experiência de quem trabalha em uma empresa, pois ajuda na motivação e no engajamento.
Afinal, os feedbacks nada mais são do que uma maneira de reconhecer a boa atuação de um funcionário e uma oportunidade de estreitar o relacionamento com ele.
No entanto, é preciso ter cuidado ao fornecê-los, já que eles nem sempre são positivos (nesse caso, é preciso redobrar a atenção para que o retorno dado não se torne uma crítica).
Saiba o que deve ser feito dando uma espiadinha no próximo parágrafo.
Como dar feedback de desempenho?
Antes de chamar o colaborador para um papo de feedback, é indicado elencar os pontos-chave do que será apontado sobre a sua performance. Elabore um tipo de roteiro com os temas e prepare-se para uma conversa franca.
Inicie o diálogo pelo que foi forte no desempenho e, depois, se houver questões que precisam ser melhoradas, indique formas de aperfeiçoamento. Lembre-se de que a empatia é fundamental na prática do feedback.
Para além do retorno, também é preciso saber avaliar a experiência dos funcionários, que envolve outros pontos relevantes, como os que você confere a seguir.
Como avaliar a experiência de um colaborador?
Analisar se o colaborador se adaptou aos processos e à cultura da empresa e se tem interesse no aprimoramento, entre outras questões, são pontos fundamentais. Outra recomendação: aplicar um questionário de feedback.
Além disso, há ferramentas tecnológicas que ajudam no procedimento de avaliação, como o People Analytics, uma metodologia de gestão de pessoas na qual são usados dados sobre o corpo de funcionários oferecidos por um software geralmente desenvolvido por empresas especializadas em soluções de RH.
Quais dados? Índice de absenteísmo, de desempenho e outras informações que permitem uma análise mais precisa do comportamento diário das pessoas, auxiliando em tomadas de decisão mais ágeis e contribuindo para a employee experience.
Antes de ir, que tal se aprofundar ainda mais no tema e, quem sabe, até garantir um certificado de especialista no assunto?
Para ficar fera, invista em treinamento de employee experience
Como esse é um método de alta relevância para a gestão de pessoas, quanto mais estudo sobre o assunto, melhor! E, para ter ainda mais sucesso nos resultados, você deve procurar por cursos sobre o tema – muitos disponíveis até de forma online.
Em um treinamento assim, você terá acesso aos seguintes temas:
- criação do mapa da jornada do colaborador;
- exercícios para identificar oportunidades; e
- outros insights que ajudam a ter uma visão mais ampla e estratégica do conceito.
Pesquise bem as alternativas mais reconhecidas no mercado, separe seu material e bons estudos. Pode confiar que a aplicação dessa estratégia vai dar super certo por aí!
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