Guia RH para evitar a síndrome de Burnout no trabalho

Das principais causas aos sintomas mais comuns e estratégias de prevenção, tudo o que você precisa saber para evitar a síndrome de Burnout no trabalho está aqui!

Mulher com expressão de estresse, confrontando dificuldade em suas tarefas no computador, em um ambiente de trabalho iluminado e moderno.

A síndrome de Burnout no trabalho costuma acontecer principalmente por conta de demandas que vão além da capacidade do profissional. Para evitá-la, garanta uma boa gestão de pessoas, incentive uma comunicação mais assertiva entre todos e promova programas de bem-estar dentro da empresa.

Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), só em 2023, foram 421 afastamentos em decorrência dessa síndrome, um aumento de mais de 130% em relação aos números de 2019.

Por isso, se você está à frente da gestão de pessoas em uma organização, precisa entender melhor o que desencadeia esse distúrbio e como preveni-lo para buscar o crescimento saudável do negócio e o bem-estar dos seus colaboradores. 

Siga na leitura: este guia traz informações riquíssimas sobre o tema!

O que é a síndrome de Burnout no trabalho?

A síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico caracterizado pelo cansaço e esgotamento tanto físico quanto mental de um profissional, que afeta principalmente pessoas com carga excessiva de trabalho ou então que estejam em posições desgastantes ou constantemente sob pressão.

Ela também pode ter origem em problemas da vida pessoal, mas, na maioria dos casos, é no ambiente de trabalho que o Burnout se manifesta. 

Quais os pilares da síndrome de Burnout?

Existem vários fatores que podem desencadear o Burnout, mas praticamente todos eles são relacionados a uma má gestão no ambiente de trabalho.

A equipe de especialistas da Coalize listou os 6 principais. De olho na lista!

  1. Sobrecarga: volume muito grande de tarefas ou prazos muito curtos, que exigem mais do que a capacidade do profissional.
  2. Ambiente tóxico: conflitos dentro do ambiente de trabalho, como competitividade excessiva ou até assédio moral por parte de colegas e superiores.
  3. Comunicação ineficiente: má comunicação que pode gerar erros e retrabalho, causando ainda mais sobrecarga.
  4. Pouco poder de decisão: sensação de ter pouca ou quase nenhuma autonomia sobre o próprio trabalho.
  5. Conflito de demandas: pressão para realizar várias tarefas ao mesmo tempo, que muitas vezes não tem relação com o cargo ocupado, ocasionando um desvio de função.
  6. Falta de reconhecimento: esforço não recompensado, que gera frustração e desmotiva o colaborador.

Vale lembrar que profissionais em posições de liderança também podem sofrer com essa condição, principalmente quando têm dificuldade de delegar tarefas e acabam acumulando muitas funções.

Agora que você já sabe o que causa o Burnout em primeiro lugar, atente-se à lista de sintomas no próximo tópico.

Quais são os principais sintomas do Burnout?

O Burnout pode ser caracterizado por vários sintomas diferentes, que nem sempre aparecem juntos, variando muito de pessoa para pessoa, mas os principais incluem:

  • dores de cabeça frequentes;
  • cansaço emocional e físico;
  • insônia;
  • falta de apetite;
  • problemas para se concentrar;
  • sensação persistente de incompetência;
  • dores no corpo;
  • pressão alta;
  • baixo desempenho profissional;
  • tendência ao isolamento; e
  • despersonalização (sensação de estar apenas “assistindo” à própria vida).

Como você pode ver, praticamente todos os sintomas afetam diretamente o bem-estar e a qualidade de vida de quem sofre com o problema, o que causa um impacto considerável tanto na vida profissional quanto pessoal, concorda?

A boa notícia é que existem medidas muito eficazes para evitar que essa síndrome afete colaboradores e prejudique o desempenho geral da empresa.

Como prevenir o Burnout no ambiente de trabalho?

Para prevenir a síndrome de Burnout, promova melhorias constantes no ambiente de trabalho, reconhecendo e valorizando os colaboradores, melhore a comunicação interna e crie programas de bem-estar e incentivo à atividade física.

Veja como fazer tudo isso em detalhes!

Promova a melhoria constante do ambiente de trabalho

Uma das principais causas do Burnout é a falta de equilíbrio no que é pedido e exigido dentro do ambiente de trabalho, mas isso pode ser sempre aprimorado e melhorado ao delegar funções de maneira adequada, respeitando a função para a qual o profissional foi contratado e suas capacidades, por exemplo.

Não incentivar o ato de levar trabalho para casa e também não enviar mensagens nem fazer demandas fora do horário de trabalho são práticas mais do que recomendadas – e o mínimo a se fazer enquanto gestão para evitar sobrecarga na sua equipe!

Além disso, os prazos para as entregas devem ser razoáveis, e a palavra “urgente” deve ser usada o mínimo possível, só quando realmente houver uma emergência.

Reconheça e valorize seus colaboradores

A falta de reconhecimento por um trabalho bem feito também é um fator que desencadeia o Burnout. Afinal, um bom desempenho da empresa é resultado de colaboradores esforçados e que cumprem suas tarefas com excelência.

Nesse caso, nada mais justo que reconhecer esse empenho, seja com um aumento de salário, promoções, folgas extras ou outros benefícios. Até um feedback positivo ao fim de uma tarefa já ajuda o profissional a perceber que seu esforço está sendo reconhecido.

Melhore a comunicação

Uma boa comunicação dentro do ambiente profissional ajuda na identificação de vários problemas quando eles ainda estão no início, inclusive o Burnout.

Isso é feito principalmente incentivando que os funcionários falem abertamente sobre problemas e questões que estejam causando atrito dentro do ambiente corporativo, sem medo de serem repreendidos.

A comunicação eficaz também é imprescindível dentro das próprias tarefas, facilitando que tudo seja feito da maneira correta desde o princípio e evitando erros e refações desnecessárias no processo. Portanto, que tal uma oficina de comunicação interpessoal para ensinar toda a equipe a explicar de forma clara e objetiva as demandas?

Inclusive, a padronização de e-mails, briefings, mensagens e outros meios de troca de informações pode ajudar muito nessa missão!

Crie programas de bem-estar

Os programas de bem-estar são uma solução recorrente no mundo corporativo para prevenir uma série de outras doenças ocupacionais, portanto, que tal implementar algumas ações que promovam a saúde mental dos colaboradores por aí?

Ginástica laboral, pausas, descansos, possibilidade de jornadas flexíveis ou home office são alguns exemplos de práticas que ajudam a evitar a fadiga e o estresse, afastando problemas psicológicos e também físicos.

Ter um psicólogo especializado em problemas relacionados ao trabalho disponível dentro da corporação também é uma ótima prática para antecipar e tratar possíveis problemas antes que eles se tornem algo maior. Vale a pena investir!

Incentive a prática de atividades físicas

Por último, aqui vai uma dica que vai depender 50% da empresa e 50% do funcionário: incentive as equipes a manterem uma boa alimentação e realizar atividades físicas, além de dormir bem e fazer higiene do sono todas as noites.

Ter uma vida equilibrada ajuda o corpo e a mente a combaterem doenças e síndromes como o Burnout, e o negócio pode ajudar nessa tarefa ao oferecer mesas de frutas no local de trabalho e também benefícios corporativos que dão acesso a academias ou estúdios de yoga, por exemplo.

Anotou tudo? Agora, é só partir para a pesquisa e ver o que é possível implementar na sua corporação. Seus funcionários agradecem!

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